A
polêmica envolvendo Belo monte
Os
estudos para a construção de uma usina hidrelétrica no rio Xingu, no estado do
Pará, teve início em 1975. Atualmente o projeto está sendo realizado através da
Usina de Belo Monte que começou a ser construída em junho de 2011 e tem
previsão para inauguração em 2015. A usina hidrelétrica de Belo Monte faz parte
do programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e será a 3°
maior do mundo, podendo atender ao consumo de cerca de 20 milhões de pessoas
por ano. Porém, desde o início do projeto muitos ambientalistas e comunidades
indígenas locais se colocaram contra a sua concretização devido aos impactos
naturais e sociais que a hidrelétrica pode causar. Por isso, a ideia inicial
foi modificada diversas vezes para que uma área menor seja alagada e diminua o
número de barragens que serão construídas.
As principais cidades que terão grandes áreas alagadas são as de Altamira e Vitória do Xingu. Apesar do desenvolvimento econômico que poderá
acontecer através do aumento do número de empregos, os agricultores e a
população ribeirinha será prejudicada. Segundo um estudo feito pelo Painel de
Especialistas (pesquisadores de universidades renomadas do país), mais de 20
mil pessoas terão que ser deslocadas de maneira forçada da região. Além disso,
um dos únicos meios de transporte para as comunidades ribeirinhas e indígenas
da região através do rio Bacajá (afluente do rio Xingu) será interrompido. É
através desse transporte que essas populações chegam à cidade de Altamira e
podem praticar o comércio de seus produtos e ter acesso a médicos e dentistas.
Segundo especialistas, a usina de Belo Monte provocará
diminuição no fluxo de águas do rio Xingu e alteração de seu escoamento. Isso
afetará a flora e a fauna da região, ocasionando, por exemplo, o apodrecimento
de raízes de árvores que são base da dieta de muitos peixes em regiões alagadas
e redução de espécies de peixes que fazem a desova durante a época de cheia nas
regiões de seca, afetando ribeirinhos e indígenas que praticam a pesca como
atividade econômica. As comunidades indígenas de Paquiçamba e Arara da Volta
Grande do Xingu serão afetadas devido à diminuição da vazão do rio utilizado
para pesca, plantação e transporte.
A Usina não possuirá reservatórios, portanto dependerá da
sazonalidade de chuvas, ou seja, em épocas de seca a geração de energia pode
ser muito menor, podendo tornar o projeto não viável economicamente, o que já
aconteceu anteriormente em outros projetos como as usinas hidrelétricas de
Tucuruí (PA) e Balbina (AM) que trouxeram muitos impactos para a região e não
cumpriram o abastecimento de energia elétrica planejado.
Toda a polêmica em torno da construção da usina é
refletida em anos do processo em que o projeto foi iniciado e reformulado
diversas vezes. Em 1980, durante o 1° encontro dos povos indígenas do Xingu, a
índia Tuíra se levantou da plateia e encostou seu facão no rosto do presidente
da empresa Eletronorte (que havia começado os estudos para a viabilidade do
projeto) em sinal de protesto, e então a cena se tornou histórica. Já em 2007
houve o encontro “Xingu para sempre”, quando índios entraram em confronto com o
responsável pelos estudos ambientais da usina. Esse movimento divulgou a carta
“Xingu vivo para sempre” que aponta as ameaças da usina e apresenta um projeto
de desenvolvimento para a região. Em 2010 foi realizado um leilão para definir
a empresa construtora da usina de Belo Monte, sendo a empresa vencedora o
Consórcio Norte Energia S/A, que em 2011 recebeu do IBAMA a licença para
instalação.
Reportagem do Jornal
Nacional exibida em 23/08/2011
Fontes:
Por: Roberta F.
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Carvão
Mineral no Brasil
O Brasil tem jazidas de carvão mineral em praticamente
toda região Sul. Essa exploração é recente comparada à exploração de outros
minérios. Foi feita em quatro fases.
A primeira fase foi à descoberta, durou de descobrimento
até a implantação da ferrovia em 1919. A segunda fase foi o uso desse carvão,
durou do começo da Segunda Guerra Mundial até o fim da Guerra, tendo o carvão
usado em usinas de beneficiamento, termoelétricas e produção de gás natural. Já
a terceira fase, durou do final da Segunda Guerra Mundial até 1970. Por último,
a quarta fase foi marcada pela mecanização das minas e impulsionada até 1980 e
prejudicada pelas novas políticas a partir de 1985.
A exportação do carvão brasileiro foi de 1914 até 1927,
mas após o termino e a reabilitação da Europa a exportação caiu drasticamente.
A comercialização era feita sob as regras governamentais.
Enquanto as duas guerras estavam acontecendo à exportação
foi abundante, mas depois caiu, outro fato que impulsionou momentaneamente a
produção do carvão foi à crise do petróleo de 1973.
Como dito acima, o governo que regia a comercialização do
carvão tendo plenos poderes para valorizar e desvalorizar. Foi o que aconteceu,
no governo de Fernando Collor de Melo o carvão foi desvalorizado, com baixa nos
preços, fechamento e privatização das minas deixando mais de 12 mil
trabalhadores desempregados.
Após a privatização, as novas donas das minas focalizaram
no carvão energético parando de produzir o carvão metalúrgico. Junto com isso
as multinacionais estabelecidas aqui na época escolhem importar carvão a
comprar o nacional, o que somando resultou em muitas minas fechadas. Hoje em
dia, a produção continuar sendo voltada totalmente para o carvão metalúrgico.
Por: Gabriela Alexandra
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Produção
energética no Brasil: Como ocorre?
A produção energética no
Brasil é muito ampla, por conta de suas condiçoes naturais como: clima,
relevo,hidrografia,solo,estrutura geológia e a extensão territorial. As
principais estruturas energéticas do Brasil são: Energia hidrelétrica, Energia
nuclear, Petróleo, Gás natural, Carvão mineral/vegetal e
Pro-Álcool/Bicombustível.
Energia
hidrelétrica:
É a principal fonte de
eletricidade do Brasil (80%). Mas como toda energia tem seus prós e contras:
·
Prós:
como hidrelétrica é feita atravez de queda d’água, são renovaveis; não é criada
poluição no ar; são necessários poucas pessoas para seu funcionamento; o preço
da eletricidade é constante.
·
Contra: por
conta de inundação, varios animais são
mortos e perde uma grande área de árvores;
o custo aumenta conforme enormes
distâncias (por exemplo: Centro-Sul); apesar de não poluir o ar, ela polui as
vegetações submersas.
As principais produtoras de
energia hidrelétrica no Brasi é a Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) e
o Operador Nacional do Sistema(ONS).
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Energia
nuclear:
Hoje em dia a energia
nuclear só suprem apenas 2% do pais. No Brasil existem 2 usinas nucleares a
Angra 2 e Angra 3, permaneceram paradas por mais de vinte anos, tendo um custo
de aproximadamente US$ 20 milhões ao ano. O Brasil pretende até 2030 preve a
construção de quatro a oito usinas.
As usinas nucleares são
muito eficaz, porque uma pequena quantidade de urãnio produz muito mais energia
que qualquer estrutura. Mas ao “acabar” essa energia, ele é altamente toxico,
tendo que construir grandes reservas para depositar o lixo toxico.
No Brasil, este recurso não
é recomendado, porque o preço é muito alto, existindo muitos outros recursos
muito mais baratos. Mesmo assim foi inaugurado uma usina de enriquecimento de
urânio para “alimentar” suas duas usinas (Angra 2 e Angra 3). A previsão é que
até 2015 o urânio enriquecido em Recende(RJ) atenda 100% das necessidades
brasileiras.
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Petróleo:
Teve início no governo de
Getúlio Vargas, que criou a empresa Petrobras. O
petróleo possui uma grande relevância para nossa vida, em razão de ser usado
como combustível, além de ser agregado na fabricação de uma infinidade de
produtos. Até pouco tempo, o país
não tinha produção suficiente de petróleo para o abastecimento interno, desse
modo, era dependente do recurso importado, especialmente dos países do Oriente
Médio, mas a partir de 2007 o país alcançou a autossuficiência. Atualmente, a
produção é de aproximadamente 2,3 milhões de barris ao dia, que supera o
consumo, que é de 2,2 barris diários.
A maior parte
do petróleo é obtida na plataforma continental (próxima do continente) no
estado do Rio de Janeiro, na região da bacia de Campos. O resto é obtido no
Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia.
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Gás natural:
Antigamente o
Brasil tinha uma dependência desse gás natural, mas com a descoberta de grandes
reservas na bacia de Santos, anula essa dependência. Por isso o gás natural vem
aumentando no Brasil.
Apesar do
tempo de uma construção de termelétrica seja mais curto ( aproximadamente de 2
a 3 anos ), bem menor que outro tipo de energético, eles ainda não
oficializaram 100% esta produção por ser
um fóssil não renovável (apesar de ser menos poluente que o petróleo).
O gás natural
pode ser utilizado também como combustivel, mas apresenta alguns incovenientes
aos consumidores, como por exemplo o custo para a instalação de equipamentos
para os veículos que não saem de fábrica com o sistema para uso de gás natural
e o fato de não haver uma ampla rede de distribuidores do combustível.
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Pro-Álcool e bicombustível
O surgimento
do álcool (etanol) no Brasil, ocorreu nos efeitos da crise do petróleo em 1975.
Primeiramente foi adicionado o etanol na gasolina para depois ser criado como
um combustível puro. Mas o Pro-Álcool teve alguns problemas como: a elevação de
dívida pública e a diminuição na arrecadação; houve agravação da questão
fundiária(produção de cana-de-açúcar).
Com o aumento
de preço do açúcar, o Brasil começou a produzir para exportação, voltando a
gasolina. Aproximadamente vinte anos
depois aconteceu o mesmo com o preço do barril de petróleo, lançando pouco
depois os carros bicombustível, que são utilizados até hoje em dia.
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Carvão mineral/vegetal
No Brasil, o
carvão mineral participa com um pouco mais de 5% na matriz energética e com
apenas 1,3% na matriz elétrica.
O carvão
mineral é o energético com o maior indicador de emissão de CO2 Para cada tep (toneladas equivalentes de petróleo) de
carvão consumido na geração elétrica são emitidos perto de 4 toneladas de CO2.
As reservas de
carvão do País estão situadas na região Sul, sendo que apenas as reservas
provadas são suficientes para mais 500 anos.
O carvão
vegetal é obtido pela queima de madeira a uma temperatura superior a 400ºC.
Pode ser utilizado como combustível em residências, usinas siderúrgicas e
termelétricas.
O Brasil ainda
faz uso do carvão vegetal na produção industrial, prática que deixou de ser
desenvolvida nos países centrais, o país ocupa o primeiro lugar na produção
dessa substância. Diante disso, cerca de 85% do carvão produzido é utilizado
nas indústrias, as residências respondem por 9% do consumo e o setor comercial
como pizzarias, padarias e churrascarias 1,5%.
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Fonte: Livro Território e
sociedade no mundo globalizado
Por: Luan Mascarenhas
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A construção de Itaipú
Itaipú, é a usina hidrelétrica que mais gera energia em todo o mundo. A usina possui 20 unidades geradoras, o que significa que, em condições de clima favoráveis (chuvas em níveis normais), a produção pode chegar a 100 bilhões de quilowatts-hora. Utilizando o potencial do rio Paraná no trecho em que o rio passa pelo estado do Paraná, a Usina de Itaipu é uma empresa internacional, e não estatal como pode parecer. Segundo informações da própria empresa, 19,3% da energia consumida no Brasil e 87,3% da energia consumida pelo Paraguai são fornecidas pela Itaipu.Itaipu é uma Usina Binacional, pois foi construída a partir da Ata do Iguaçu, documento assinado em 22 de junho de 1966, por ministros do Brasil e do Paraguai, no qual os dois países se comprometeram a estudar o aproveitamento dos recursos hidráulicos presente entre os dois países, que até então era motivo de disputa entre eles.
Construção
- O curso do rio Paraná, sétimo maior do mundo foi deslocado; com 50 milhões de toneladas de terra e rocha.
- A quantidade de concreto usado para construir a Usina de Itaipu seria suficiente para construir 210 estádios de futebol do tamanho do Estádio do Maracanã.
- O ferro e o aço utilizados permitiriam a construção de 380 Torres Eiffel.
- O volume de escavação de terra e rocha em Itaipu é 8,5 vezes maior que o do Eurotúnel e o volume de concreto é 15 vezes maior.
- A sua construção envolveu o trabalho direto de 40 mil pessoas.
Geração e barragem
- O comprimento total da barragem é 7 919 metros. A elevação da crista é de 225 metros. Itaipu é, na verdade, cinco barragens juntas - da extrema esquerda, uma barragem de terra de preenchimento, uma barragem de enrocamento, uma barragem de concreto principal, e uma barragem de concreto para a ala direita.
- A vazão máxima do vertedouro de Itaipu (62,2 mil metros cúbicos por segundo) corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada), corresponde a toda a vazão média das Cataratas (1 500 metros cúbicos por segundo).
- O Brasil teria que queimar 536 mil barris de petróleo por dia para gerar em usinas termelétricas a potência de Itaipu.
- A barragem principal tem 196 metros de altura, o que é equivalente a um prédio de 65 andares.
Segue link de uma notícia: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/01/usina-de-itaipu-se-torna-referencia-na-gestao-de-projetos-sustentaveis.html
Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/itaipu-binacional/
Por: Jéssica Ribeiro de Medeiros
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